dia dos namorados

VÍDEO: casais relembram histórias de amor que superaram tempo e distância

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Do reencontro de Tiago e Fabiane nasceu Mateus, que hoje tem 11 meses

Apesar de o Dia dos Namorados ter sido criado por propósitos comerciais no Brasil, o 12 de junho, véspera do Dia de Santo Antônio, é marcado por demonstrações de amor, além da troca de presentes. Os casais relembram suas histórias em meio à realidade da convivência diária, e algumas delas parecem roteiro de filme. É o caso do vendedor Tiago de Oliveira Martins, 41 anos, e da secretária Fabiane Leviski Pires, 36. 

Ele foi o primeiro namorado dela. Primeiro e único, ela conta. Na época com 20 anos, depois de uma briga, ela decidiu terminar o relacionamento de três anos com ele. Tiago teve um novo relacionamento, que durou 12 anos, e, quando ficou solteiro novamente, Fabiane decidiu procurá-lo. 

- Foram mais de 12 anos separados. Muitos dizem por aí que fiquei esperando por ele, mas não é bem assim. Na época, eu negava que continuava gostando dele, mas acho que sim (risos). Quando soube que ele estava solteiro, eu não sabia ao certo o que eu sentia e fui falar com ele - conta Fabiane. 

Na época do namoro com Fabiane, Tiago tinha 21 anos. Fazia cursinho pré-vestibular, trabalhava e tinha um filho de outro relacionamento, o João Pedro, hoje com 21 anos. Ele conta que o casal teve uma briga e que ela o mandou ir embora da casa dela. 

- Depois da briga, quando eu estava no caminho para a minha casa, ela ligou e me disse para nunca mais voltar. E, de fato, não voltei e nunca mais a procurei. Doze anos depois, quando fiquei sozinho, ela me procurou e disse que gostava de mim. Nos reaproximamos, saímos para jantar algumas vezes até que decidimos ter uma coisa mais séria. Acho que no fundo sempre nos gostamos, depois, com a convivência, todo aquele sentimento voltou a despertar - descreve Tiago. 

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Há três anos os dois decidiram morar juntos. Do reencontro nasceu Mateus, que completa 1 aninho no dia 10 de julho. Fabiane não penava em ter filhos, mas Tiago desejava muito, e ela decidiu tentar. Em um mês sem anticoncepcional, veio a notícia do novo integrante da família. 

- O Mateus veio para completar nossa relação. Foi um presente de Deus na nossa vida, assim como o nosso reencontro. O Tiago é um cara comprometido, responsável, amoroso. Me sinto muito grata por termos tido essa chance - diz a secretária. 

Depois do hiato de mais de 12 anos morando na mesma cidade, mesmo sabendo um pouco da vida um do outro, por meio de amigos em comum, os dois tiveram que se reconhecer novamente. Mais maduros, planejam o próximo passo: oficializar a união com casamento. 

- Uma vez ela morou uns meses em Rondônia e, quando voltou, a primeira pessoa que ela encontrou fui eu. Não acredito em coincidência, mas sim em destino. Hoje tenho total confiança e admiração por ela. Não consigo viver sem ela, ela é o alicerce da casa, meu porto seguro - se declara Tiago. 

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Camila Gonçalves (Diário)
Obaldo e Madalena moram juntos há 2 anos

MAIS DE MEIO SÉCULO
Obaldo Rodrigues Gomes, 80 anos, e Madalena Bonoto Becher, 74 anos, que se reencontraram depois de mais de 50 anos vivendo longe. Eles moram juntos em São Sepé há mais de dois anos. Mas, antes disso, viveram boa parte da vida com outras pessoas. Ela foi casada com Ednar Pacheco Becker e teve três filhos, Edmar, 51 anos, Mariane, 45, e Miriane, 40. Ele chegou a ter uma companheira, mas nunca esqueceu Madalena, que conheceu na cidade de Alegrete em 1962. 

Na época, Madalena tinha 16 anos e ele, 22. Ela foi ajudar a família de uma tia que havia feito cirurgia em Alegrete. Obaldo trabalhava na propriedade rural do tio dela e tentou se aproximar. 

- Ele sempre me rondava, sentava perto, dizia que queria ficar comigo. Eu tinha um namorado no interior de São Sepé e por isso não dava abertura para ele. Depois fiquei sabendo que ele ficou dias chorando na beira do açude quando eu vim embora - recorda a aposentada. 

Há 13 anos Madalena perdeu o marido que tratava câncer de esôfago. Há 8 anos Obaldo, que também já estava sozinho, tentou contato com ela por meio da filha dela, que foi trabalhar em um CTG em Alegrete. 

- Meus irmãos me chamavam de "Madá". Ele dizia para todo mundo que eu era a "Amada" dele. Ele mandou recado pela minha filha para que eu fosse atrás dele, mas eu disse que não iria atrás de homem - conta, aos risos. 

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Alguns anos depois, Obaldo conseguiu o número do telefone de Madalena e ligou pedindo para morar com ela em São Sepé. Madalena só fez uma ressalva: 

- Eu disse: "se tu nunca me fizeres chorar na vida, pode vir". Em dezembro ele veio com uma prima que era casada com o irmão dele e ficou. 

Obaldo conta como foi o reencontro: 

- Foi por telefone. Eu sabia que ela morava sozinha, eu tinha uma companheira, depois perdi a companheira e fiquei sozinho também. Eu estava na casa do meu irmão e ela me convidou para vir para cá. 

Desde que se uniram, Madalena arrumou um companheiro para acompanhar as orações pelo canal Rede Vida, umas das atividades favoritas do casal, além de tomar chimarrão. 

- Ele reza todo o terço das 18h comigo - conta ela. 

No Dia dos Namorados, por conta da pandemia, os dois vão ficar em casa, mas em outros tempos, a programação seria outra: 

- Eu convidaria ele para jantar fora, mas já que não dá, vai ser a comida de sempre. Nem dá para fazer nada muito especial porque os dois são diabéticos - brinca a aposentada. 

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